Começar nunca é fácil. Em Belo Horizonte e no mundo inteiro existem bandas que por vezes são desconhecidas a diversos ouvidos! Por isso a criação do blog, com o intúito de propagar a todos o que há de melhor em relação a música independente(ou não). A certeza é de que não haverá distinção entre estilos, pois cada um tem seu valor cultural, portanto estejam prontos para conhecer e reconhecer variados acordes, riffs e ect… Sejam bem vindos e Viva a Música!
Consagrada como uma das bandas mais marcantes no cenário independente de Belo Horizonte, a Katrina entra na contagem regressiva para o lançamento do seu 1º cd intitulado LUTAR REQUER ESFORÇOS, com previsão de lançamento para Janeiro de 2011. O álbum vai suceder seus dois últimos Eps lançados em 2006 e em 2008. Para sentir o clima da nova fase da banda e apresentar um pouco de sua história, mostramos o novo release, escrito pelo vocalista J.J.
“RELEASE 2010
Banda formada na primavera de 2005 juntando algumas bandas extintas de Belo horizonte com a vontade de fazer um som inovador com o mínimo de auto rótulos possíveis. Acreditando no poder que a música tem sobre as pessoas e sem utopias de querer mudar o mundo, a KATRINA vem conquistando espaço e respeito na cena local. Em 2006, com a formação estável, lança seu primeiro EP intitulado INSANIDADE TEMPORARIA, com uma pegada hardcore/punkrock mais como conceitos de bossa nova e até alguns momentos de samba, abrindo as primeiras portas para banda tocar com nomes conhecidos do cenário underground nacional. Em 2008 em sua primeira parceria com a gravadora e produtora NEW RECORDS de Belo horizonte (que lançou as aclamadas bandas Eletrika e Overdose nos anos 80 e 90) a KATRINA lança o EP chamado: VERDADES CAPITALISTAS, com um som mais centrado e com mais energia.
Dois anos depois a KATRINA participa da coletânea nacional “Manual da Resistência” distribuído para todo o país com excelente repercussão. Em abril de 2010, a KATRINA prepara o seu terceiro disco (o primeiro CD) com mais faixas e com um som bem diferente e maduro, também pela NEW RECORDS. A banda acredita muito em parcerias e amizades o que a deixou mais forte nesses cinco anos. O cd intitulado “LUTAR REQUER ESFORÇOS (palavras sobre videogame e a vida real)” vem para concretizar o trabalho que tem sido valorizado por vários cantos do país, com participação de Nenê Altro em uma das faixas e uma temática um pouco menos “social” e mais “pessoal”. O lançamento está previsto para janeiro de 2011.”
Todos os seus amigos vão no SWU menos você? Esta desesperado com o tédio e com a possibilidade da casa da vovó ser o lugar mais diferente do feriado? Não fique aí na derrota caro leitor. Com uma navegada básica pelos sites das casas de show de Belo Horizonte foi possível achar refúgio pra depressão de um feriado em casa.
Plazza + Best Place 09/10 Matriz
As bandas mandam o melhor do Indie e do Rock 90’s na casa alternativa mais tradicional de BH. Sábado as 14hs.
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Circuito Savassi RDesign BH
No dia 10/10 vai rolar o Circuito Savassi do encontro RDesign. Shows com a banda candanga Watson e os Dj’s belorinzotinos FoxCat e DoCoqueiro tocando muito Indie, Pop e Rock. Apartir das 22hrs na Obra.
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Mix Day
No dia 12/10 rola o Mix Day no Matriz com as bandas Heart Core, Vert, Flux GM, Ackords, LV8, Frisma e DJ Frank. Ingressos a R$ 10
E isso são só alguns eventos que eu achei em 15 minutos de pesquisa. Não vai ser por falta de oportunidade que você não vai escapar do Domingão do Faustão esse feriado. Pé na rua e aproveite.
O reggae tomou conta do Musica Hall no último sábado dia 2. Quem compareceu a casa dançou, pulou, se emocionou e principalmente cantou todas as músicas das duas bandas que estrelaram a noite.
A primeira a subir no palco foi o Forfun, um dos maiores nomes da cena independente nacional. Com dois CDs de hardcore na bagagem e a um ano com seu primeiro trabalho no reggae intitulado Polisenso, a banda se mostrou muito mais concisa do que no show de lançamento do cd em 2009. Foi possível pular, morshar, bater cabeça mas principalmente dançar muito. Horas antes do show o publico já gritava o nome da banda e quando eles abriram com Suave, mostraram que não iriam decepcionar a expectativa dos fãs. Tocaram apenas duas do cd anterior e bastante música instrumental, onde discorriam suas idéias sobre política e apresentaram a banda de uma maneira bastante divertida. Um show a parte foi Vitor ‘Peru’ exibindo cabelos longos, parecendo o próprio Eremita Moderno, uma das canções do último álbum preferidas pelos fãs. Os fãs mais ardorosos levantavam as mãos pro alto e recitavam as músicas como num culto religioso. As belas letras derramaram lagrimas de algumas pessoas e a satisfação brilhava nos olhos dos rapazes da banda no final do show quando tocaram O Viajante, que foi cantada como um hino por todo o lugar.
Quando o Ponto de Equilíbrio subiu ao palco não foi diferente. Do publico mais alternativo ao mais convencional, todos sabiam as letras de cor e salteado. Abriram o show com um instrumental reggae de raiz e recitaram um poema sobre a cultura rastafári. Depois desfilaram músicas desde o seu mais recente trabalho batizado “Dia Após Dia Lutando” até clássicos como Segregação Racial e Árvore do Reggae. Era impossível não se empolgar com a presença de palco do vocalista Helio Bents e suas interpretações e danças rasta. E era mais impossível ainda não refletir com as letras sobre igualdade racial, amor de todas as formas e justiça social que têm faltado bastante no país onde vivemos. O show seguiu com muito swing e versões de sambas antigos e hinos do reggae nacional e internacional e fizeram jus ao titulo de melhor banda de reggae do Brasil. As pessoas não paravam de dançar e o clima de paz e amor que os cariocas trouxeram da sua cultura vai perdurar por bastante tempo nos corações de quem entende a mensagem divulgada por eles.
Embaixo de muita expectativa e de muita polêmica, no dia 15 de setembro o Zander lançou seu primeiro álbum intitulado Brasa. E como incita o sample no começo do disco, eles realmente mandaram Brasa no país inteiro. Eu digo expectativa porque há notícia de fãs acordados as 5 da manha esperando o lançamento do CD. Polêmica porque Zander nunca foi uma banda de passar em branco e divide as mais diversas opiniões. Mas até que não gosta muito da banda parou pra escutar o que eles aprontaram dessa vez depois do “Já faz algum tempo”.
O álbum começa com um gosto de “mais do mesmo” como quem diz “vamos matar a saudade antes de contar as novidades”. Bill deixa bem claro nas letras que não tem a mínima pretensão de parar e as guitarras a mínima pretensão de abaixar os volumes. ‘Linha Vermelha’ soa como um agradecimento aos fãs que sempre pedem shows e músicas novas e ‘Todos os Dias’ é a síntese do espírito do disco. O saudosismo bate forte em ‘Próxima Parada’ e não faltam tapas na cara em ‘Motim’ e ‘Humaitá’. Músicas como ‘Meia-noite’ e ‘Auto Falantes’ (que abre o álbum) vão virar hinos em shows e pra quem trabalha e estuda noite e dia, vai ser difícil não se identificar com ‘Simples Assim’. Claro que não podia faltar a balada do disco que foi intitulada ‘Sunglasses’, a primeira deles em inglês. E Bill não perde o trejeito de cantar e o sotaque nem cantando em outro idioma. ‘Sem Fim’ é a música que, propositalmente ou não, termina o CD e é revoltada, fala de amor sutilmente e da só mais um tapa, só pra não esquecer que enquanto eles tiverem força vão continuar gravando e viajando o Brasil pra fazer a alegria dos fãs, sem se vender a moda ou ao limbo “oldschool”.
No geral, o primeiro cd da banda (os outros lançamentos são dois EPs intitulados ‘Em Construção’ e ‘Já Faz Algum Tempo’) não decepcionou as expectativas, mas também não surpreendeu. Quem conhece a banda além do fanatismo já esperava as músicas fortes e intensas e um leve tempero do Nação de Nada (antiga banda histórica do Bill) nas músicas e nas letras. Mas isso não significa que o Zander não tenha sua propria cara. Muito pelo contrário. Agora e aguardar mais um show onde eles vão colocar qualquer lugar abaixo, as pessoas vão gritar, cantar, pular. Bill vai rasgar o verbo como sempre e como é dito em ‘Até a Próxima Parada’: “E nunca é fácil dizer até a próxima, foi bom te ver”.
Numa tentativa esperançosa de trazer alguma divulgação para o que tem sido feito no cenário underground de BH, pedi licensa a Má, a antiga mentora desse blog, para dar continuidade as atividades desse projeto tão interessante que é o Viva a Música. Há um tempo vem feito algumas matérias como freelancer, mas sem muito espaço para divulga-las. Então finalmente recoloco esse blog na ativa com algumas mudanças que serão feitas em breve e algumas parcerias pra sempre acrescentar mais ao projeto. E abro a nova temporada de atividades com a resenha do União Solidária que aconteceu dia 17/06 e agitou o Matriz e a solidariedade das pessoas. Confira a matéria e sejam bem vindos a nova fasa e VIVA A MÚSICA.
Historicamente, o rock mesmo tendo cara de vilão, vem sempre unindo milhões de pessoas em festivais gigantescos contra todo tipo de problema no mundo. Seja pra pedir paz, ora para colaborar a combater a fome na África ou em qualquer lugar do mundo, abri-se mão das diferenças de estilo e tudo vira uma só festa, em prol de uma boa causa. Mesmo não sendo em festas enormes, qualquer atitude é sempre válida. E foi nesse pensamento que aconteceu no sábado dia 17/07 a União Solidária, evento que arrecadou 600 agasalhos que serão doados para uma creche no Morro das Pedras, região que além de muito carente, é muito fria por ser no extremo sul de Belo Horizonte. Todas as bandas fizeram sua parte e colaboraram pra festa ficar ainda mais bonita. Como disse Lucas Pig, um dos produtores do evento “Não importaria se viessem cinco pessoas, desde que tivessem 500 agasalhos pra doar”
Lupe de Lupe
A banda que abriu o evento deu uma aula de rock’n’roll e atitude em cima de palco. Infelizmente não vi o show todo porque pontualidade com certeza não é uma das minhas virtudes, mas pude assistir três músicas que me deixaram de queijo caído. E o comentário geral dos amigos era de que eles merecem o nome que tem. No final de um interlúdio aplaudível, microfonias que viraram música e guitarras sendo arremessadas pelo palco. Os agradecimentos carinhosos do vocalista fecharam a apresentação com aplausos de toda a casa.
Quase Quadjuvante
Com seu indie-rock beirando a The Cure e Joy Division, a banda apresentou músicas do seu excelente EP Monologo de Abril e algumas músicas novas e botaram os fãs pra cantar junto. Curiosamente formado apenas por três integrantes (geralmente bandas do estilo de quatro ou mais integrantes), mostraram que não precisa muita firula pra fazer um bom rock e agradar a gregos e troianos.
Coiotes S.A.
Do indie, o evento pulou para o metal-core muito bem apresentado pelo Coiotes S.A. Presença de palco impecável do vocalista, que trocava berros concisos com o baixista (este que por sua fez não errava uma nota no baixo por isso). Mostraram verdadeira preocupação com a sonoridade e uma maturidade no palco, ao invés de simplesmente tocar por tocar. Banda que promete muito daqui pra frente.
ALLReverso
Sou suspeito pra falar dos shows dos garotos. Mesmo depois de alguns problemas técnicos com a mesa de som, apresentaram uma postura de gente grande e mandaram covers muito bem feitos de Asking Alexandria e Alex’s On Fire, além de músicas próprias que serão gravadas – merecidamente – em breve.
Arc’Over
Depois foi a vez das bandas de Hardcore subirem no palco e abrir os moshes. E a Arc’Over dispensa apresentações. Com seu hardcore curto e grosso, não é de hoje que eles arrancam os mais calorosos aplausos do público e da critica. Com vocais extremamente competentes e, instrumental que não perde em nada para bandas consagradas pela mídia, fez um show digno da história que tem na cidade.
K_trina
A Visceral K_trina mostrou porque vai fazer cinco anos como uma das melhoras bandas de HC da cidade (e porque é assinada pela New Records). Melhor do que eles tocando Noção de Nada só o próprio Noção. Acho que nem eles conseguem se superar. Juarez cospe as verdades que ninguém mais tem coragem de dizer enquanto a banda mestra em um instrumental forte e intenso pra critico nenhum botar defeito.
D’front
De malas prontas para o Rio de Janeiro, a banda provou porque é referência em HC em BH. Com uma longa estrada já percorrida e uma mais longa ainda para percorrer, desfila riffs fortes e refrões contundentes enquanto a galera se perde em moshs que encheriam o Dead Fish de orgulho.
Hatte You
Por último, mas não menos importante, a Hatte You matou o público de nostalgia ao abrir seu show com Sun 41 e mandar covers de Red Hot Chillie Pepers muito bem tocados. Quem entende de música sabe que RHCP é uma das bandas mais difíceis de fazer cover bem feito, e eles conseguiram principalmente no baixo que é O instrumento chefe da banda. Fecharam com chave de ouro o evento mandando o clássico In To Deep do Sun 41.
O clima de solidariedade e de respeito reinou por todo o evento e não houve quem não ajudasse. Vídeos da produção e relatos das pessoas que prestigiaram o evento na Casa Cultural Matriz serão colocados na internet como mais uma prova de que idéias, e atitude fazem toda a diferença. O vídeo de apresentação pode ser visto aqui em baixo.
Arc-Over é uma banda de rock influenciada pelo Hardcore melódico. Formada no verão de 2007 por ex-integrantes de bandas do cenário rock independente de Belo Horizonte. Influenciada por bandas como Dead Fish, Noção de Nada, Reffer, Street Bulldogs, Set Your Goals entre outras. A Banda apresenta como características um instrumental refinado, letras inteligentes, melodias únicas e apresentações com muita energia, dedicação e força de vontade. Elementos que levaram a banda a realizar seu primeiro show com apenas seis meses desde sua fundação, ao lado de bandas renomadas do cenário independente nacional.
O Arc-Over é formado por: Felipe Pompermayer (Vocal), Vinicius Baptista (Guitarra), Daniel Grossi (baixo), Coal Jack (Bateria) e Felipe Bones (Guitarra).
O Nitrominds preparou uma surpresa para este ano, a banda acaba de lançar seu novo material, Kill Emo All, CD só de covers que conta com participações de João Gordo, Rodrigo do Dead Fish e Jão do Ratos, e traz covers de bandas como: Husker Du, Bad Religion, 7 Seconds, Bambix, Nuclerar Assault, Ratos de Porão, Down By Law…
Hoje, eu ando pelas ruas e vejo tanto sentimento as soltas, sinto falta da paixão e do amor que talvez nunca existiu. O mundo talvez nunca foi ou será perfeito, a convergência de acontecimentos sempre irão marcar o vazio e ano após ano apenas coisas materiais se renovam com novos ideais e entendimentos superficiais que no fundo não terão valor… Valores que talvez em um passado não muito distante custava alguma coisa, para quem lutava por algo que valia o suor ou a dor e ainda, com todos os defeitos ver a beleza aonde o vento nunca soprou e o olhar nunca passou.
Provocar em mim o desejo de superar-me…
Faz tão bem… Tão bem!
Nem que só um instante.